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LCHF - Low Carb High Fat

(imagem: Flickr)

Há pouco mais de 1 ano decidi mudar totalmente a minha alimentação.
Sempre adorei doces e carboidratos (foram anos e mais anos amando e devorando todos os que apareciam em minha vida).
Não foi fácil mudar, eu estaria mentindo se dissesse o contrário.
Porém tem sido muito bom para mim, em todos os aspectos da vida.

O motivo que me fez buscar essa mudança foi o fato de eu ter descoberto ter SOP (Síndrome dos Ovários-Policísticos) há uns 2 anos atrás. Eu tinha micro-cistos nos ovários e isso desregulava o funcionamento geral do meu corpo.
No tratamento convencional usa-se pílula, que tomei por 1 ano e achei um horror (em outro post escreverei sobre isso), buscava uma outra alternativa até que reencontrei uma amiga querida, Érika, que me trouxe uma luz (e a pessoa que mais me ajudou e tirou mil dúvidas minhas sobre os alimentos).
Ela tinha os triglicerídeos muito altos e começou um tratamento a partir da alimentação (com acompanhamento de uma nutricionista) com a Low Carb e me disse que também poderia ser uma solução para mim (e para me livrar da SOP).
Procurei uma nutricionista, perguntei muitas coisas a respeito, ela me deu o caminho inicial.
Conversei com a minha ginecologista (afinal, se eu queria parar com a pílula e tentar o tratamento via alimentação, eu gostaria que ela soubesse e estivesse de acordo com isso também), expliquei sobre quais seriam as mudanças na alimentação e ela me deu uma breve explicação de como os cistos se formavam. Chegamos à conclusão de que poderia sim dar muito certo.
E depois li MUITO, muito mesmo a respeito de Low Carb, na internet.

Tive que começar a fazer a minha própria comida (que era diferente do restante do pessoal de casa, já que ninguém mais topou mudar junto). O detalhe é que nunca tinha cozinhado muito (exceto sobremesas). Desde que comecei a trabalhar há muitos e muitos anos atrás, estava habituada a almoçar fora e jantar nunca foi uma prioridade, no máximo beliscava alguma bobeirinha no final da tarde ou ao chegar em casa.
Acho que a parte mais difícil para mim foi essa, de passar a cozinhar. Não exatamente pelo fato de cozinhar, mas pré-preparar os alimentos para serem cozidos ou assados leva muito tempo (ao menos pra mim, que sou meio devagar nisso, por exemplo higienizar e cortar os alimentos que serão preparados), além disso, não sei lidar com carne crua (nem frango e nem peixe, já que carne vermelha eu não como). Graças a Deus minha mãe me ajuda muito, inclusive, ela que tempera as carnes para mim. Para facilitar essa parte de fazer a comida, decidi que sempre faço em quantidades maiores e congelo em pequenas porções que serão consumidas ao longo de 2 a 3 semanas, quando farei comida novamente.
Ah sim, sem contar que comendo essa comida de verdade, a gente só vai comer quando tiver fome e isso vai nos ajudando a aprender a diferenciar a fome da vontade de comer. Não há a compulsão alimentar, causada pelo açúcar (e carboidratos, que no final das contas vira glicose também), então fica mais fácil reconhecer se é fome de verdade ou só vontade.

Não vou dizer que desde que comecei comi tudo direitinho, sem um deslize, mas meus 3 primeiros meses foram impecáveis!
Agora, depois de ter refeito meus exames e saber que já não tenho mais os cistos, me permito vez ou outra comer coisas que não fazem parte da Low Carb, até fiz uma listinha com as coisas que tentei novamente, pós-mudança de alimentação, mas que não valem a pena (para não repetí-las).

Além de saber que os cistos já sumiram, eu emagreci, sem fazer exercícios, nem nada além da mudança de alimentação. E emagreci bem, tanto que quem me viu há 1 ano atrás e me vê agora repara e comenta.

Ou seja, além dos benefício para minha saúde e meu corpo, esta nova maneira de me alimentar, fez aumentar a minha autoestima, fez eu ter vontade de olhar para mim mesma novamente. E sigo lendo e ouvindo e aprendendo mais sobre a Low Carb e o que este estilo de vida representa.

Ah, tem mais, minha memória e minha disposição melhoraram exponencialmente!

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